quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Defender a alegria como direito





 Haroldo Gomes

Há um poema de Mario Benedetti chamado “Defesa da Alegria”, onde ele diz:

“Defender a alegria como uma trincheira
defendê-la do escândalo e da rotina
da miséria e dos miseráveis
das ausências transitórias
e das definitivas”.

Ao promover o “Carnaval Multicultural do Beco do Picado”, a Prefeitura de Parnamirim, através de sua Fundação de Cultura, quer valorizar o sentido primordial de celebração da vida dessa festa que atravessa séculos. Na Antiguidade, todas as atividades e negócios eram suspensos no período do Carnaval, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que quisessem e as restrições morais eram relaxadas. “As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia”, diz o artigo da Wikipédia.

No Beco do Picado, espaço histórico e cultural de Parnamirim, que tem se tornado ponto de encontro e de sociabilização na cidade, o Carnaval chega como manifestação que defende a alegria como direito. A alegria dos ritmos variados, do encontro amigo, de todas as cores, raças e etnias, de todos os gêneros e classes sociais. A alegria como potência de vida que tão bem se expressa nesse belo cartaz, obra de arte de Alex Fontes.

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